• Linguagens artísticas e expressivas das crianças pequenas
    v. 34 n. 110 (2021)

    Caros leitores,

    A pluralidade expressiva das crianças nos diversos ambientes, seja nas instituições educativas, seja nos demais espaços em que estão inseridas, deixa marcas das narrativas infantis e de suas contribuições para com a cultura.

    Viver o processo criativo demanda pesquisas, investigações e experiências com diversos materiais e com o próprio corpo para que se possa representar, compreender e se expressar diante do mundo. Sabe-se que o homem é um ser simbólico e que por meio das linguagens dialoga com as sensibilidades, com a imaginação e com os sentimentos (Martins; Picosque; Guerra, 1998). Atento a esta temática, este número da revista Em Aberto, intitulado “Linguagens artísticas e expressivas das crianças pequenas”, se propõe a recuperar diálogos acerca das múltiplas linguagens das crianças, de forma que elas possam construir suas próprias narrativas e sejam valorizadas e compreendidas em suas expressões – por meio de práticas corporais, simbólicas, musicais, teatrais, plásticas e quantas outras interlocuções brincantes desejarem fazer.

    Cabe mencionar que as linguagens, juntamente com as brincadeiras e interações, compõem a ação pedagógica na educação infantil. Considerar as crianças como criadoras em sua potência – envolvendo ações que as percebam em sua inteireza – e também respeitar e valorizar suas impressões, ideias, interpretações e o fazer artístico, demanda oportunizar a elas o acesso e o contato com suas diversas linguagens. A infância persiste na educação infantil em seus modos e singularidades de ser, criar, brincar, fazer, sonhar. Desconsiderar as crianças no processo educativo a fim de priorizar a escolarização contrapõe o que é essencial para as crianças neste momento. Elas precisam de espaços e tempos previstos para explorar, observar, sentir, agir, investigar e construir sentidos sobre o mundo.

  • Ensino de Sociologia
    v. 34 n. 111 (2021)

    Caros leitores,

    Podemos afirmar que a Sociologia é uma disciplina acadêmica bastante consolidada no Brasil e no mundo, constituindo uma ciência dinâmica e plural voltada para o estudo do mundo moderno. Todavia, a análise da Sociologia como disciplina escolar ainda é incipiente no plano internacional, alcançando um status singular no Brasil na última década. Ainda que possamos interpretar que o ensino de Sociologia representa um subcampo acadêmico, inserido no campo da Sociologia, talvez seja mais preciso indicar que esse é um campo em processo de autonomização.

    Considerando as intensas transformações ocorridas nos últimos anos, faz-se necessária uma reflexão que incida sobre o ensino de Sociologia. Nesse sentido, o presente número da revista Em Aberto mostra-se fundamental para a consolidação do debate nessa área, com base não apenas na realidade brasileira, como também em outros contextos que encontramos em países como Argentina e Espanha.

  • Enem e Gaokao: repercussões no ensino médio e na educação superior
    v. 34 n. 112 (2021)

    Caros leitores,

    Exames em larga escala ao final do ensino médio e/ou como forma de acesso à educação superior constituem, em diversos países, um dos principais mecanismos de seleção, entre os quais se encontram, no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, na China, o National College Entrance Examination (Gaokao).

    O presente número não se constitui como uma defesa ou crítica generalizada aos exames. Seu objetivo é proporcionar, entre outros, um conhecimento mais profundo da história e do desenvolvimento do Enem e do Gaokao, dos pressupostos teórico-metodológicos, políticos e culturais que orientam a organização desses exames, bem como dos aprendizados que cada país já adquiriu. Conhecendo melhor a dinâmica de funcionamento de cada exame, teremos condições de oferecer subsídios para um debate mais qualificado sobre os respectivos modelos de avaliação em larga escala no ensino médio, que são utilizados para o ingresso na educação superior em ambos os países.

  • Políticas educacionais: Em Aberto (1981-2021)
    v. 35 n. 113 (2022)

    Caros leitores, 

    A Em Aberto está comemorando 40 anos de existência. Para celebrar o importante papel que a revista vem desempenhando como espaço dedicado à diversidade e à pluralidade de ideias, esta edição traz como tema as políticas educacionais durante esse período. Assim, o periódico segue consolidando sua presença  no debate de pontos de vista e de abordagens de temas e questões educacionais ao trazer um panorama das políticas educacionais, centrando-se nos assuntos previamente identificados como recorrentes no periódico e que continuam em debate na atualidade.

  • Formação de professores e religião
    v. 35 n. 114 (2022)

    Caros leitores, 

    Educação e religião é um tema que tem ganhado espaço nos debates atuais. As questões abordadas com maior frequência no meio acadêmico educacional continuam sendo a complexidade e as dificuldades existentes na implementação da disciplina de Ensino Religioso. Este número foi elaborado com o objetivo de dar visibilidade à articulação entre formação de professores e a  questão religiosa, de contribuir com o desenvolvimento profissional docente, com a proteção da diversidade religiosa e com o bem-estar de todos os alunos no espaço escolar. Os artigos não têm a pretensão de tratar a temática de forma exaustiva, mas de trazer elementos que permitam responder às seguintes questões: Qual é o espaço da religião na formação docente? Qual relação entre a identidade religiosa dos futuros professores e as aprendizagens profissionais? Quais abordagens os cursos de formação docente propõem para a interface religião e educação? Quais os perigos da relação entre formação docente e religião para uma educação verdadeiramente laica e inclusiva?

  • Espaços de formação de professores
    v. 35 n. 115 (2022)

    Caros leitores,

    A proposição de um número para a revista Em Aberto abordando a temática da formação docente poderia ser facilmente justificada pela importância de se discutir sobre a formação de um profissional fundamental para nossa sociedade, levando em consideração sua atuação não só para o nosso presente, como também para as gerações futuras. No entanto, este número faz um recorte específico do tema no cenário nacional, partindo do princípio, que vem se tornando um consenso nos últimos anos, de que a formação docente deve ser construída dentro da profissão. Levando em consideração o público-alvo, os profissionais, os espaços e as relações envolvidas na atuação do professor, os textos aqui apresentados discutem os espaços de formação docente previstos na legislação, além de outras possibilidades que são locais de atuação docente, mas não são contempladas nos documentos oficiais ou reconhecidas nos processos formativos.

  • O campo da educação superior: tensões e desafios
    v. 36 n. 116 (2023)

    Pode-se compreender o campo da educação superior como uma espécie de microcosmo social, que possui autonomia relativa e que se produz por meio de relações específicas, mas objetivas, que constroem uma lógica determinada de funcionamento, com um modus operandi próprio. Trata-se, pois, de um campo ou locus que possui relações e práticas diversas, mas específicas, entre os agentes que o disputam, o que decorre, sobretudo, de sua estrutura historicamente constituída de conflitos, lutas, modalidades de poder e modos de dominação. Com base nesse entendimento, este número da revista Em Aberto busca refletir sobre as tensões e desafios do campo da educação superior, que possuem substratos na história desse nível de educação no Brasil, nas políticas e ações de diferentes contextos políticos, nos modos de regulação e avaliação estatal e de outros agentes implementados nas últimas décadas, nas temáticas emergentes desse campo, nas influências ideológicas e nas formulações de diferentes organismos multilaterais, assim como nas lutas, práticas e modus operandi específicos dele próprio.

  • Educação, cidades e infâncias desiguais
    v. 36 n. 117 (2023)

    Propomos, por meio da produção de autoras e autores de distintas disciplinas e regiões do Brasil e de Portugal, dar visibilidade a estudos e pesquisas que analisam políticas e projetos de intervenção que consideram os modos de vida das crianças urbanas, os espaços que frequentam, a participação cidadã, os deslocamentos e as desigualdades, entre os muitos fatores relacionados com a educação. Pretendemos, neste número da revista Em Aberto, retratar como os diversos contextos interferem nas interações desse grupo com a cidade em que vive, além de destacar metodologias de pesquisa, experiências participativas de planejamento urbano e intervenções socioespaciais com crianças. A recente abordagem interdisciplinar que as infâncias vêm recebendo, especialmente nos campos da educação, do planejamento urbano, da sociologia, da antropologia, da geografia, entre outros, salienta a riqueza e reafirma a relevância desse debate. Reitera, ainda, a distinção entre os modos de vida infantis urbanos de acordo com a inserção social das crianças e suas famílias.



109-116 de 116