Representações de práticas inclusivas: da realidade vivida aos caminhos da inclusão no ensino superior na Amazônia paraense
Resumo
Este artigo analisa as representações dos coordenadores de cursos de licenciatura sobre as práticas inclusivas de pessoas com deficiência desenvolvidas no Campus de Bragança da Universidade Federal do Pará (UFPA). Trata-se de pesquisa de abordagem processual, no campo teórico e metodológico das representações sociais, considerando as três dimensões constituidoras: sujeitos, contextos e sentidos. As fontes mobilizadas são documentos regulatórios sobre a inclusão no ensino superior e entrevistas com quatro coordenadores dos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, História, Matemática e Pedagogia. Para tratamento dos dados, utiliza-se análise do discurso do sujeito coletivo. Como resultado, identifica-se que o processo de produção e circulação das representações sociais sobre as práticas inclusivas no ensino superior configura cenários de conflitos, desafios, contradições e avanços. Os sentidos encontrados revelam como eixos potencializadores da inclusão: a) construção de uma consciência inclusiva; b) política de formação continuada; e c) redefinições do papel e das condições de trabalho do educador no ensino superior. São discursos que trazem à tona a imagem de que a inclusão da pessoa com deficiência no ensino superior apenas principiou e ainda há um longo caminho a ser construído no interior das universidades brasileiras, caminho esse que passa pela consolidação das políticas públicas e pela reinvenção do fazer pedagógico.
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