Novos sujeitos docentes e suas condições de trabalho: uma comparação entre o Programa Escola Integrada e o Projeto Educação em Tempo Integral

  • Ana Maria Clementino UFMG
  • Dalila Oliveira UFMG

Resumo

Na última década no Brasil, observou-se o surgimento de programas de educação em tempo integral impulsionados por mudanças na legislação brasileira com o objetivo de atender crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e educacional – dentre eles, destaca-se o Programa Mais Educação (PME). Com tais programas, emergiram na escola novos sujeitos docentes com perfis, formações e tarefas distintos daqueles desempenhados tradicionalmente pelos professores. Este artigo traz resultados da pesquisa que buscou, por meio da comparação entre o Programa Escola Integrada (PEI), do município de Belo Horizonte, e o Projeto Educação de Tempo Integral (Proeti), do estado de Minas Gerais, conhecer esses novos sujeitos e suas condições de trabalho e analisar as relações dos referidos programas com as políticas sociais de combate à pobreza. Para tanto, foram realizados estudo da literatura sobre o tema, levantamento documental, observações em escolas, entrevistas e grupos focais com os docentes. Como resultado, verificou-se que, embora os programas tenham se tornado importantes instrumentos de proteção social, sobretudo na percepção dos entrevistados, as escolas operam com muitas dificuldades em implementá-los, principalmente no que se refere a condições de trabalho, infraestrutura disponível e oferta de docentes qualificados. 

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Publicado
29-09-2017
Seção
Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?