Governando espaços e espacialidades: uma análise das tecnologias de pedagogização no Parque Ibirapuera da cidade de São Paulo
Resumo
Determinados processos educativos forjam e governam espaços e espacialidades, sobretudo por meio de mecanismos pedagogizantes, os quais ultrapassam o âmbito educacional formal, espraiando-se no cenário urbano. Amparada na teorização foucaultiana, a investigação focaliza as técnicas pedagógicas de produção espacial no Parque Ibirapuera, por meio da análise dos Processos da Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo, entre 1951 e 1969, e dos discursos jornalísticos veiculados a esse respeito no jornal O Estado de S. Paulo de 1954 (ano de fundação do parque) a 2014. A análise arqueogenealógica descreve desde as políticas públicas para a criação do parque até as práticas atuais de lazer cultural e esportivo ali em curso. Junto às estratégias segregacionistas e higienistas em vigor nos momentos iniciais da história do parque, destacam-se as técnicas de normalização social em prol do bem-estar produtivo da população e, mais recentemente, as tecnologias de acento neoliberal visando capitalizar as atividades de recreação popular.Downloads
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Publicado
09-04-2018
Seção
Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?
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