Estudantes do ensino médio e o ensino superior: explicitando o modus operandi dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio
Resumo
Este artigo investiga a política de formação inicial de pesquisadores na educação básica e sua recontextualização na prática, com foco, em termos de empiria, no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (Pibic-EM) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), inserido no contexto da iniciação científica júnior. Analisa o modus operandi dos sujeitos com ênfase nos processos de seleção e nas razões da sua adesão/desistência ao programa. Realiza estudo de caso na UFSC, que desenvolve o Pibic-EM, e em dez escolas públicas em que foram entrevistados 46 sujeitos, entre orientadores, bolsistas, coorientadores/professores das escolas e coordenadores institucionais do programa. O fator determinante para a escolha dos bolsistas foi a presença de um habitus e de disposições próximas das requeridas pelo campo acadêmico. Entre os motivos da desistência dos estudantes/bolsistas, destacam-se: o reduzido valor da bolsa; a exigência de trabalho/remuneração para auxiliar a família; as expectativas da família em relação à trajetória acadêmica; o excesso de atividades escolares; e o baixo rendimento escolar.
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