Cinema feito a mãos: animação e educação no projeto Escola Animada
Resumo
A preocupação com o desempenho escolar das crianças brasileiras, nascidas em um mundo pautado pelas mídias digitais, coloca-as na condição de importantes aliadas na construção do conhecimento nos meios escolares. Este artigo tem como objeto de estudo o projeto de extensão intitulado Escola Animada, uma ação capaz de conectar cultura e educação a partir da inserção do audiovisual e das mídias digitais nos processos de ensino e aprendizagem. O projeto tem como principal objetivo promover o protagonismo de crianças das escolas públicas, integrando-as, de forma efetiva, às equipes de produção audiovisual e estimulando o interesse pela expressão oral, escrita e artística. Propõe-se uma reflexão sobre as possibilidades de usos do audiovisual na educação, tendo como orientação o estabelecimento de nexos entre educação e descolonização. O aporte teórico fundamenta-se em autores como Chimamanda Adichie, Christine Costa e Francisco Mattos e Luiz Rufino. As ações do Escola Animada contribuem também para renovar o repertório das identidades locais e para apontar em direção a uma educação patrimonial mais livre dos marcadores eurocentrados, inspiradores da mitológica Cataguases Modernista. Metodologicamente, trata-se de um relato de experiência, com base qualitativa, construído por meio da descrição e da análise das etapas de desenvolvimento do projeto, que envolveu a realização coletiva de 12 curtas-metragens de animação por crianças da rede pública de ensino em parceria com universitários e docentes. O relato detalhado sobre a execução técnica de todas as etapas do projeto aponta para um ambiente em que a criação e a realização de atividades pedagógicas posicionam as crianças como agentes do processo educacional e histórico.
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