Quando as diferenças são um “problema”?
Resumo
Reflete sobre os momentos em que a diferença aparece como um "problema", partindo da tese de que essa questão parece assumir um papel de destaque nas estratégias de resistência, na ocorrência de processos de homogeneização econômica do capitalismo. Da análise de alguns fatos históricos, constata-se que quatro grandes "crises", nas décadas de 30, 50, 70 e 90 do século 20, tornaram visíveis movimentos de reivindicação de diferenças culturais. Sua problematização coincide com a emergência de propostas de integração homogeneizadora, que procuram suprimir ou manter essas diferenças sob controle, de forma a não colocar em risco o seu projeto. A regularidade reconhecida na emergência dessas "crises" afina-se com a formulação de Mandel sobre as "ondas longas", inevitáveis e de caráter cíclico, por derivarem de leis internas do modo de produção capitalista. Palavras-chave: diferenças; processos de homogeneização econômica; capitalismo. Abstract We intend to study at which moment the term difference appears as a "problem", starting from the thesis that this subjet seems to assume a prominent position on strategies of resistance in the occurrence of homogenized economical processes of capitalism. From analysis of some specific historical facts we verified that four great "crisis", at the 30's, 50's, 70's and 90's, made visible revindicating movement of cultural diferences. Its problematic coincides with the emergency for homogenized integration proposals, trying to suppress or to maintain those differences under control, in order to not take in risk its project. The regularity recognized in the emergencies of those "crises" agrees with Mandel's formulation about "long waves", which are inevitable and of recurrent character, because they derive of internal laws in the way of capitalistic production. Keywords: differences; homogeneized economical process; capitalism.Downloads
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Publicado
01-01-2000
Como Citar
VALENTE, A. L. Quando as diferenças são um “problema”?. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 81, n. 197, 1 jan. 2000.
Edição
Seção
Estudos
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