Endogenia no sistema de ensino superior brasileiro: uma análise descritiva

Palavras-chave: endogenia acadêmica; endogenia; ensino superior; mercado de trabalho acadêmico; mobilidade acadêmica

Resumo

Este estudo analisa como a endogenia acadêmica é caracterizada no sistema de ensino superior brasileiro. Utilizando-se de uma metodologia descritiva, e com base em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, definimos que um pesquisador é endógeno se ele atua na mesma instituição pela qual obteve seu título de doutorado. Este artigo é o primeiro a medir a endogenia por instituição de ensino superior no Brasil, o que torna seus resultados relevantes para gestores de políticas e universidades. Esse fenômeno ocorre, em média, em 23% das contratações acadêmicas pelo País, contudo, os resultados mostram que a taxa de endogenia difere significativamente entre os distintos tipos de instituições, áreas do conhecimento, estados e níveis de classificação das universidades. Esta análise fornece mais evidências de que a endogenia é mais provável de ser encontrada em instituições de pesquisa de elite, estabelecidas e geograficamente concentradas nas regiões mais populosas e desenvolvidas.

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Biografia do Autor

Andrea Felippe Cabello, Universidade de Brasília (UnB). Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Doutora em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Luis Filipe de Miranda Grochocki, Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO). Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Doutor em Política Educacional pela Universidade de Stanford. Stanford, Califórnia, Estados Unidos.

Publicado
23-08-2024
Como Citar
FELIPPE CABELLO, A.; FILIPE DE MIRANDA GROCHOCKI, L. Endogenia no sistema de ensino superior brasileiro: uma análise descritiva. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 105, n. 1, p. e5710, 23 ago. 2024.
Seção
Estudos