Docência na creche: afeto, cuidado e a partilha de um sentir com os bebês
Resumo
Este artigo é fruto de uma pesquisa institucional que teve como objetivo compreender como os encontros sensíveis que acontecem entre bebês e adultos na creche estão implicados na constituição subjetiva do bebê e da professora, adensando as discussões acerca da construção de uma docência afetiva. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa está ancorada na cartografia, com suporte nas proposições de Eduardo Passos, Virginia Kastrup e Liliana da Escóssia, e nos conceitos de exotopia e alteridade, inspirados em Mikhail Bakhtin. O estudo insere-se no bojo das proposições da creche como direito dos bebês. Sua relevância é justificada na interlocução com investigações do campo da educação infantil e documentos legais que sublinham a relação como princípio pedagógico no cotidiano das instituições. A discussão do trabalho assinala a dimensão afetiva relacional em seu caráter político de direito, alinhada ao cuidado como ética. Em diálogo com Daniel Stern, realça o direito dos bebês ao olhar revidado, à atenção conjunta, à sintonia afetiva, à partilha de um sentir. O afeto é apontado como dimensão central na constituição subjetiva de bebês e professora e na ação pedagógica na creche.
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