Fotografias como atos de currículo contra o racismo religioso: uma experiência na Faculdade de Educação da Uerj

  • Stela Guedes Caputo Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
Palavras-chave: atos de currículo, educação antirracista, fotografia, intolerância religiosa

Resumo

O artigo discute o uso das fotografias como atos de currículo e objetiva compartilhar a importância do referencial estético como competência criadora de autonomias emancipacionistas. Busca, também, abordar a importância da fotografia na produção de imagens desestabilizadoras. Pode a fotografia, debatida em sala de aula, provocar discussões sobre racismo, racismo religioso e intolerância religiosa? Pode a fotografia contribuir para uma educação antirracista e menos intolerante? Foram questões como essas que motivaram a pesquisadora a usar fotografias, em um dos semestres de 2017, com uma turma da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Como metodologia, o texto traz a experiência do semestre em questão, anotada em diários de aula e, aqui, mediada com referencial teórico sobre currículo e racismo e sobre fotografia. Após a reflexão pretendida, conclui-se que as fotografias ajudam a desestabilizar universalismos, preconceitos, intolerâncias e racismo e são atos de currículo que contribuem para uma educação antirracista e plural.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Stela Guedes Caputo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), é professora associada da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação (Proped) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e coordenadora do Grupo de Pesquisa Kékeré (Proped-Uerj).

Referências

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.

BARTHES, R. A câmara clara: notas sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

GOMES, P. C. C. O lugar do olhar: elementos para uma geografia da visibilidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

KOSSOY, B. Os tempos da fotografia: o efêmero e o perpétuo. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007.

MACEDO, R. S. Atos de currículo e autonomia pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2013.

NOGUEIRA, S. Intolerância religiosa. São Paulo: Jandaíra, 2020. (Feminismos Plurais).

SANTAELLA, L. Leitura de imagens. São Paulo: Melhoramentos, 2012. (Como Eu Ensino).

SANTOS, B. S. Para uma pedagogia do conflito. In: SILVA, L. H.; AZEVEDO, J.; SANTOS, E. (Org.). Reestruturação curricular: novos mapas culturais, novas perspectivas educacionais. Porto Alegre: Sulina, 1996. p. 15-33.

Publicado
21-09-2022
Seção
Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?