Chegamos ao final de 2020 apresentando-lhes o 259º número da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (Rbep). Abrimos o primeiro número do ano com uma capa comemorativa dos 60 anos de Brasília, capital federal. Neste último número, recordamos em nossa capa os cento e vinte anos de nascimento do educador Anísio Teixeira e os cinquenta anos de falecimento de Lourenço Filho, ambos cardeais da educação brasileira e figuras de grande importância, também, na história deste periódico.

De fato, Anísio Teixeira foi o educador, o reformista, o intelectual, em sentido lato, e o terceiro diretor-geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que leva seu nome. Em seu discurso de posse no Instituto, em 1952, Anísio Teixeira disse ter aceitado o cargo “como uma imposição do dever”. E foi com esse sentido de dever que transformou o Inep no(s) centro(s) de estudos e pesquisas por meio de “inquéritos reveladores e objetivos” e de “diagnósticos impessoais”, bem como transformou a Rbep no veículo de disseminação dos fatos, dos problemas e da reflexão educacionais. A Rbep, nesse contexto, contribuía para a “renovação científica do trabalho educativo” (RBEP, v. 17, n. 46, 1952).

Já Lourenço Filho foi o primeiro diretor do Inep, de 30 de julho de 1938 a 12 de fevereiro de 1946 e, durante esse período, o primeiro editor da Rbep. No nº 1 da revista, publicou o artigo “A educação, problema nacional”, no qual afirmou, entre outras coisas, que “a educação deverá ter, por sua organização e por seus propósitos, um profundo cunho social, que interesse à organização econômica do país, condição de manutenção e fortalecimento da própria unidade política e moral da nação” (RBEP, v. 1, n. 1, 1944).

Publicado: 31-12-2020

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