Não se discute o papel crucial do professor na formação dos alunos. Em países como o Brasil, marcados pela iniqüidade e injustiça social, esse papel adquire ainda maior relevância, porque depende muito da capacidade de os professores acolherem crianças e jovens com limitações impostas pelo ambiente socioeconômico em que vivem e, muitas vezes, portadores de um quadro familiar desalentador. Recuperar a auto-estima desses estudantes, apontar-lhes concretamente a possibilidade de um mundo diferente e melhor, acreditar e fazê-los acreditar que eles são tão capazes de aprender quanto aqueles mais abonados requer, além da qualificação profissional, dedicação e entrega. Nem sempre é possível obter esse retorno dos educadores que lidam diariamente com essas e outras condições adversas, sem a justa remuneração e reconhecimento social.
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